quinta-feira, 1 de novembro de 2012

PADRE JULIO MARIA


"A perfeição exige esforços, lutas, combates. Nosso Senhor me deu o exemplo, - Ele se tornou verme da terra. Se houvesse um outro meio de conquistar o céu, Ele nos teria mostrado. Mas não há. É pelas lutas, humilhações, desprezo que Ele passou e fez passar Sua Mãe, Seus Apóstolos e Seus santos. Nenhuma exceção. Deve ser portanto a verdadeira e única via. A vontade de entrar nesta via não é suficiente. É preciso a ação, a ação sustentada. Meu Deus, eu quero entrar. Desde hoje, tomo a Vossa Cruz, e quero levá-la na humilhação, no sofrimento. Eu quero tornar-me um santo. Sustentai-me, dai-me a Vossa graça para jamais desfalecer. Que nenhuma dificuldade me faça desistir. A vista de J. M. J. (Jesus, Maria e José) deve me encorajar eu devo me sentir feliz por seguir as Suas pegadas, humilhado como eles, pobre e obediente como eles."

"União com Deus e, para isso, grande modéstia dos olhos e discrição nas minhas palavras a fim de fazer todas as minhas ações para a maior glória de Deus e exterminar o meu amor próprio. Praticar, nas sextas-feiras e sábados, o voto do mais perfeito, sem fazer disto o voto, por simples promessa a Nosso Senhor e a Maria. - Escolher, nesse caso, entre diferentes coisas boas, o que menos me apetece. "
Notas espirituais do Padre Júlio Maria de Lombaerde, retiradas do livro Règlement

terça-feira, 17 de abril de 2012

A Lei Natural

Por Walfran Fonseca

Para fazer o “homem bom”, além do corpo e da mente, é necessário cultivar e formar a vontade e a liberdade.

A liberdade é dada ao ser humano para que se torne o artífice de si mesmo. Com a liberdade, ele toma, nas mãos, o próprio ser e plasma-o à sua vontade; pode torna-lo paciente, culto, gentil, generoso, casto, piedoso ou agressivo, rude, invejoso, ganancioso, luxurioso etc.

A liberdade não é sinônimo de bondade, porque nem tudo aquilo que a pessoa faz com a sua liberdade contribui para o aperfeiçoamento e realização do seu ser, ou seja, a alcançar o fim último. Assim, se a pessoa escolhe livremente fazer aquilo que é conforme o fim último, então realiza uma ação boa; se ao invés a sua escolha permanece naquilo que não é conforme o fim último, então realiza uma ação má.

A lei natural nos permite determinar a qualidade das nossas ações, enquanto nos mostra se elas estão ou não em harmonia com o fim último. Devemos reconhecer que cada realidade possui, estruturalmente, uma tendência a determinados bens que são capazes de completar e enriquecê-la. Em cada um de nós, encontramos uma inclinação, uma tendência, um dinamismo para o bem proporcionado que constitui a perfeição que nos é própria.

Contudo, o modo como as diversas realidades tendem ao fim é diferente, conforme elas possuam ou não inteligência e liberdade. Todos os seres obedecem a uma “lei natural”, têm um dinamismo próprio e intrínseco e uma tendência aos bens que se conformam a eles. Por isso, a pessoa humana, enquanto age segundo razão e liberdade, é chamada a descobrir as aspirações profundas da própria natureza e a tender responsavelmente para aqueles bens que são conforme às exigências inscritas no próprio ser.

Portanto, a lei natural existe em todos os seres, mas somente a pessoa humana tem a capacidade e a tarefa de descobrir os ditames e segui-la exercitando a própria vontade livre. Assim, devemos fazer uma distinção entre a lei natural “física”, que nos leva a agir de modo determinado e necessário, segundo a própria natureza, e a lei natural “moral”, que nos obriga, enquanto seres inteligentes, como imperativo moral, mas sem nos constranger fisicamente.

Segundo a filosofia cristã, a lei natural é a lei eterna de Deus comunicada à criatura com e mediante a natureza. Tudo que existe ou pode existir está sujeito à divina Providência e é regulada pela lei eterna. A lei natural pode ser definida como o “programa” inscrito pelo Criador no ser humano e, por isso, ele possui em si o critério para distinguir as ações boas e morais das más e imorais.

A pessoa, enquanto ser racional, participa da lei eterna conforme à própria natureza inteligente e livre. Assim, diferentemente, dos animais que participam da lei natural através do instinto, e dos seres inanimados que participam mediante uma disposição puramente física ou mecânica, a criatura humana tem a faculdade de escolher a modalidade para realizar-se. Isto significa que devemos “apropriar-nos” da lei que regula a própria natureza, tornando-a consciente. Essa apropriação em nível de consciência e responsabilidade implica sobretudo a descoberta dos princípios da lei natural e a orientação do próprio comportamento em conformidade com tais princípios.

A lei natural exprime as finalidades próprias da natureza humana e indica a ordem racional segundo a qual a pessoa é chamada pelo Criador a dirigir e regular a sua vida e os seus atos. O princípio fundamental que brota da natureza humana é que a criatura racional, no seu modo de agir, deve respeitar a tipologia da própria natureza; ela deve agir “racionalmente”, que para todo ser humano significa: “é preciso fazer e buscar o bem e evitar o mal”.

Esse princípio universalíssimo é evidente e noto a todos. Contudo, é preciso individuar o bem que se deve fazer e o mal que se deve evitar. A razão colhe espontaneamente sob o aspecto de bem tudo aquilo que corresponde às tendências essenciais e inatas da natureza e julga como mal tudo aquilo que contrasta com as inclinações naturais. As inclinações são: a tendência à conservação da própria existência; a tendência à conservação da própria espécie; e enfim, a tendência a conhecer a verdade e a viver em sociedade.

Dessa maneira, a lei natural tem três características fundamentais: a universalidade, a imutabilidade e a cognoscibilidade. É universal porque comum a todos os seres humanos; é imutável porque não mudando a essência humana permanecem imutáveis as exigências de bem; é cognoscível porque todas as pessoas podem conhece-la nos seus princípios fundamentais que lembram constantemente o bem que se deve realizar e o mal que se deve evitar.

Para compreender melhor essas três características da lei natural, é importante sublinhar que a existência da lei e a consciência da lei são duas coisas distintas. Assim, a consciência de qual seja o bem que se deve perseguir e o mal que se deve evitar pode ser diferente conforme o povo, a cultura, o tempo; ela está sujeita a progressos e as vezes também a retrocessos, se é ofuscada pelas paixões, ou também se é desviada por costumes contrários à lei natural e radicados profundamente na cultura de um povo.

Fonte: http://philosophus.walfran.com/?paged=2

A Lei Natural - Cícero


“XXII - A verdadeira lei é a reta razão em harmonia com a natureza, difundida em todos os seres, imutável e sempiterna, que, ordenando, nos chama a cumprir o nosso dever, e, proibindo, nos aparta da injustiça. E, não obstante, nem manda ou proíbe em vão aos bons, nem ordenando ou proibindo opera sobre os maus.

Não é justo alterar esta lei, nem é lícito derrogá-la em parte, nem ab-rogá-la em seu todo. Não podemos ser dispensados de sua obediência, nem pelo Senado, nem pelo povo. Não necessitamos de um Sexto Aelio que no-la explique ou no-la interprete.

E não haverá uma lei em Roma e outra em Atenas, nem uma hoje e outra amanhã, ao invés, todos os povos em todos os tempos serão regidos por uma só lei sempiterna e imutável.

E haverá um só Deus, senhor e governante, autor, árbitro e sancionador desta lei. Quem não obedece esta lei foge de si mesmo e nega a natureza humana, e, por isso mesmo, sofrerá as maiores penas ainda que tenha escapado das outras que consideramos suplícios.” (De republica, III, 22).

Tradução da obra LA REPUBLICA, Marco Túlio Cicerón, edición española, Aguilar S A, 1979,
Libro III, XXII, pág. 100.

domingo, 1 de abril de 2012

A Cruz de Cristo, a quem incomoda?


512 anos após a Missa que oficializou a fundação do Brasil, o sagrado símbolo da Cruz é retirado do recinto de Tribunais: grave sintoma de irreligiosidade, contrário aos sentimentos e à tradição do nosso povo.

Frederico R. de Abranches Viotti | Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
http://www.ipco.org.br/home/noticias/a-cruz-de-cristo-a-quem-incomoda

Era a manhã de uma sexta-feira quando o Filho de Deus passou por Jerusalém carregando o símbolo dos criminosos: a Cruz, sobre a qual morreria. O símbolo dos criminosos era ali levado pelo inocente, condenado pela covardia daquele juiz que preferiu lavar suas mãos e omitir-se ao invés de aplicar a justiça.

O sacrifício da Cruz é o ápice de toda a obra Redentora. Como uma nova estrela de Belém que guiou os Reis Magos até o Menino Jesus, a Cruz indica o caminho da salvação para a humanidade redimida, atraindo-a a fazer o bem e a evitar o mal. "Quando eu for elevado da terra, atrairei todos a mim" (Jo 12,32).

Durante séculos, a Cruz foi vencendo o paganismo, aplacando as injustiças e formando a mentalidade dos homens e das instituições, que vieram a constituir, posteriormente, a realidade conhecida como o mundo ocidental e cristão. Em memória disso, no centro da Praça de São Pedro, no Vaticano, há um grande obelisco encimado pela Cruz de Cristo, representando o triunfo da Fé sobre o paganismo.

Era a misericórdia da Cruz substituindo as arenas romanas e a cólera guerreira dos bárbaros. O Império Romano desabou com a invasão dos bárbaros e se converteu pelo exemplo dos cristãos. Onde antes imperavam "deuses" criados à imagem dos defeitos humanos, entrava agora o Deus que ensinava a moral, elevando os homens a uma dignidade superior a seus defeitos, libertando-os do peso do pecado e introduzindo o autêntico conceito de justiça.

A Cruz, símbolo da Justiça

A justiça não era mais um capricho da Roma pagã - ou a aplicação fria de um princípio abstrato -, mas um ato de equidade que devia transparecer com bondade e sabedoria, resolvendo conflitos inerentes a toda vida em sociedade.

Na sociedade ocidental e cristã, a Cruz está no fundamento da Justiça. Foi nessa região do mundo que se desenvolveu o nosso sistema legal e jurisdicional, foi sob o influxo dos princípios cristãos que se buscou estabelecer o que é justo e legítimo e, em consequência, definir o que deve ser legal ou ilegal.

Ademais, a Cruz é uma lembrança constante de como a Justiça deve ter cuidado para não ser injusta. Assim como o supremo inocente, Nosso Senhor Jesus Cristo, foi condenado pelo supremo covarde, Pôncio Pilatos, deve o julgador estar atento para não cometer o mesmo absurdo.

Pôncio Pilatos teve medo daquela aparente maioria que pedia a morte do inocente. Em nome dessa maioria, ele sacrificou a verdade. A Justiça, sob o signo da Cruz, deve lembrar sempre que a busca da verdade - e não a busca do aplauso - é a obrigação primeira. Também por isso, está a Cruz presente nas salas de audiência e julgamento em nosso País, lembrando constantemente não apenas as obrigações do juiz para com a verdade, mas a origem e a finalidade da Justiça.

A quem, então, incomoda a Cruz?

Quando o governo federal lançou o novo Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), vários grupos católicos chamaram a atenção para a incompatibilidade desse plano com a moral católica. Em poucas palavras, se aplicado, o PNDH-3 levaria a uma verdadeira perseguição religiosa no Brasil.

Um dos itens previstos nesse PNDH era a retirada de crucifixos de repartições públicas e tribunais.

A Cruz incomoda o movimento de homossexuais. Desagradada pela presença do crucifixo no Tribunal do Rio Grande do Sul, certa Liga Brasileira de Lésbicas, entrou com "pedido" junto ao Conselho de Magistratura do Tribunal de Justiça do estado (TJ-RS) para que os crucifixos fossem retirados das salas daquele órgão do Poder Judiciário.

Segundo noticiado pela imprensa, o referido Conselho de Magistratura acatou esse pedido por unanimidade, ordenando a retirada dos crucifixos. O relator da matéria foi o desembargador Cláudio Baldino Maciel, que considerou necessário retirar os crucifixos das salas de julgamento por ser esse o "único caminho que responde aos princípios constitucionais republicanos de um Estado laico, devendo ser vedada a manutenção dos crucifixos e outros símbolos religiosos em ambientes públicos dos prédios". Com isso, argumenta o desembargador, estaria se demonstrando que o Estado-juiz é equidistante de todos os valores.

Na realidade, o "Estado-juiz", ao pretender retirar os crucifixos, está demonstrando abraçar outros valores, diversos daqueles que estão representados no Crucifixo.

Mas não é só isso. O Brasil é um Estado laico desde a proclamação da República, em 1889, ou seja, há 122 anos. Se a presença do crucifixo fosse contrária ao laicismo brasileiro, ele teria sido retirado em 1889, e não em 2012.

Mesmo sendo o Brasil um Estado laico, sua sociedade é profundamente religiosa. O Poder Judiciário, um dos três poderes do Estado, não existe meramente como uma abstração legal, mas existe dentro da realidade desse país que é o Brasil, dessa sociedade de brasileiros que vivem em nosso território. Um território descoberto por caravelas que aqui aportaram ostentando a Cruz de Cristo, tendo como primeiro ato oficial uma santa Missa, e em cujo céu figura, luminoso, o Cruzeiro do Sul. Um país que tem no Cristo Redentor um de seus mais conhecidos cartões-postais e cujas cidades adotaram não raramente nomes de santos.

Por essas e outras, a própria Constituição do Brasil começa pedindo a "proteção de Deus" em seu preâmbulo, deixando patente que o laicismo, como entendido em nosso País, não é contrário à religião e não pode ser usado como um instrumento a serviço da cristianofobia, isto é, dessa tendência, em ascensão em várias partes do mundo, de perseguir o cristianismo e seus adeptos.

Não estranha, nesse sentido, que os mesmos julgadores que decidiram retirar os símbolos cristãos, possam conviver pacificamente com os símbolos pagãos como a estátua da deusa Themis, ostensivamente colocada na fachada do Palácio de Justiça de Porto Alegre.

A decisão do Conselho de Magistratura do TJ-RS abre um perigoso precedente nessa matéria, indicando não apenas uma tentativa de reinterpretar o laicismo no Brasil, mas também criando um verdadeiro divórcio entre o Estado e a sociedade.

O Laicismo, uma nova religião?

Se não bastasse tudo isso, há um problema de fundo que fica evidenciado com a decisão de retirar crucifixos das salas de audiência do TJ-RS.

O laicismo agressor, no Brasil, sempre foi mitigado pela religiosidade da população, respeitando limites, sem interferir na esfera religiosa. Contudo, se a pretexto do laicismo o Estado passar a "regular" a prática religiosa (mesmo em prédios públicos), ele estará quebrando esses limites.

Em outros termos, retirar símbolos religiosos em nome do laicismo é o mesmo que dizer que cabe ao Estado decidir o que a sociedade pode ou não pode fazer em matéria de expressão religiosa. O laicismo acaba assim sendo perigosamente transformado em um valor religioso, numa religião oficial do Estado laico.

Religiosos e Juristas discordam da decisão do TJ-RS

O Conselho de Magistratura do TJ-RS não foi o primeiro a tratar dessa matéria. Dom Keller, bispo de Frederico Westphalen (RS), em nota pastoral, lembra que o Conselho Nacional de Justiça, em junho de 2007, analisou questão análoga e decidiu que a presença de crucifixos em dependências de qualquer órgão do judiciário "não viola, não agride, não discrimina e nem sequer perturba ou tolhe os direitos e a ação de qualquer tipo de pessoa".

Em sua nota pastoral, Dom Keller lamenta que o tribunal de Justiça tenha se dobrado "diante da pressão de um grupo determinado, ideologizado e raivoso, contrariando a opinião da grande maioria da população do Estado do Rio Grande do Sul".

Também a Associação de Juristas Católicos discordou da decisão do Conselho de Magistratura do TJ-RS e enviou representação ao tribunal solicitando a reconsideração da medida.

Por sua vez, noticiou a "Folha de S. Paulo", "dois desembargadores declararam oposição à medida e anunciaram que não vão retirar o símbolo religioso de suas salas até que haja decisão definitiva sobre o caso. Um dos desembargadores que se opõem à decisão, Carlos Marchionatti, diz que o Conselho da Magistratura não é a instância adequada para tratar do assunto e que a separação entre Igreja e Estado não é absoluta no país. A maioria tem sentimento religioso, o hino nacional tem referência à divindade. Cristo, no âmbito do Judiciário, representa a Justiça", diz. Em artigo, o ex-ministro da Justiça e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Paulo Brossard, criticou a medida como sinal de "tempos apocalípticos" (FSP, 17-3-12).

Conclusão

A interpretação do Conselho de Magistratura do TJ-RS parece ignorar a realidade brasileira ao defender uma espécie de "ação afirmativa" (um laicismo proativo), querendo obrigar a uma mudança profunda nas raízes religiosas e culturais da nação brasileira.

Esperemos que a reação da sociedade a essa medida seja suficientemente clara e firme para derrubá-la, pois a Cruz não é um incômodo, mas sim um farol lembrando a todos que devemos fazer o bem e, em particular aos juízes, que devem julgar segundo os princípios da Justiça.

Mas se, pelo contrário, prevalecer essa nova interpretação do laicismo no Brasil, não tardará aparecer quem proponha arrancar o Cristo Redentor do alto do Corcovado. Ou que sejam alterados os nomes das cidades como São Paulo, Santa Catarina, Santa Rita, São Pedro e tantos e tantos outros lugares deste nosso imenso Brasil, outrora também conhecido como Terra de Santa Cruz.

Fonte:
http://www.ipco.org.br/home/noticias/a-cruz-de-cristo-a-quem-incomoda

domingo, 8 de maio de 2011

Santa Missa Tridentina ao vivo



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Recomendamos a leitura da Bula "Quo Primum Tempore" do Papa São Pio V sobre a Santa Missa Tridentina



A Santa Missa será exibida ao vivo na lateral direita e não mais por este post.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

BEATIFICACIÓN DEL ECLIPSE DEL SOL


La beatificación de Juan Pablo II, cuya divisa fue De labore solis (el eclipse del sol), señala el eclipse del sol de la luz de Cristo y su Iglesia sobre el mundo que está sumergido en la Gran Apostasía de las Naciones de los Gentiles anunciada por las Sagradas Escrituras, y el retiro del obstáculo (Katejon) que es el Imperio de la Verdad como se
refleja de las palabras de San Pio X al decir que Cristo vendrá una segunda vez (Parusía) cuando la doctrina se corrompa y que el Imperio de la Verdad no sea posible en este mundo: “Vigilad, ¡oh! Sacerdotes, para que la doctrina de Jesucristo, no pierda por vuestra culpa el semblante de su integridad. Conservad siempre la pureza y la integridad de la doctrina (…). Cuando esta doctrina, no pueda ya guardarse incorruptible y que el imperio de la verdad no sea ya posible en este mundo, entonces el Hijo de Dios aparecerá una segunda vez.

Pero hasta este último día nosotros debemos mantener intacto el depósito sagrado y repetir la gloriosa declaración de San Hilario: ‘Más vale morir en este siglo que corromper la castidad de la verdad’.” (Pie X, Jérome Dal‐Gal O.M. Conv. 1953, p.107 – 108).


Con la beatificación de Juan Pablo II lo que impera es el error, la mentira y la confusión doctrinal y religiosa que jamás se ha visto ni se verá (la Gran Tribulación de las sagradas profecías). Dicha beatificación es la apoteosis del triunfo de la Sinagoga de Satanás dentro de la Iglesia, la cual es ultrajada en la pureza y virginidad doctrinal y religiosa, es la beatificación de la Nueva Iglesia postconciliar y de la nueva falsa Religión Mundial, Ecumenista, Gnóstico‐Cabalística, es la beatificación del Modernismo y de la Revolución Universal Anticristiana, es la beatificación de la Contra Iglesia del Anticristo‐Pseudoprofeta, es la beatificación del Misterio de Iniquidad, es la beatificación de la Abominación de la Desolación en el Templo (la Iglesia), es el triunfo del judaísmo dentro de la Iglesia, la Gloria del Olivo, De gloria olivae (divisa de Benedicto XVI); y en consecuencia la reducción de la verdadera Iglesia a un pequeño rebaño (pusillus grex, Lc. 12, 32) disperso por el mundo, fiel a la Sacrosanta Tradición Apostólica, Romana. Por eso nos señala Nuestra Señora de La Salette que “Roma perderá la fe y se convertirá en la sede del Anticristo”.

Habiendo además revelado que “la Iglesia será eclipsada” y “el mundo
quedará consternado”, puesto que “ha llegado el tiempo: el sol se oscurece; sólo la fe vivirá”, “la verdadera fe se ha extinguido y la falsa luz alumbra al mundo”, “esta será la hora de las tinieblas, la Iglesia tendrá una crisis espantosa”, “pelead, hijos de la luz, vosotros, pequeño número que ahí veis; pues he aquí el tiempo de los tiempos, el fin de los fines” . (Aparición y Mensaje de La Salette, José Luis de Urrutia S.J.).


No olvidemos la profecía de San Anselmo, Obispo de Sunium, Grecia, del siglo XIII (Vaticinia illustrium virorum, Venecia, 1605) relacionada con Juan Pablo II, cuyo nombre era Karol: “!Ay de ti, villa de las siete colinas [Roma] cuando la letra K sea aclamada dentro de tus murallas! [Karol, nombre de Juan Pablo II]. Entonces tu caída estará próxima. Has irritado al Altísimo con tus crímenes y blasfemias, perecerás en la derrota y la sangre”.

(Folleto, El Tiempo que se Aproxima ‐según las principales profecías‐ , reimpreso en 1988, p. 32 ed. Publicaciones del Padre José Luis de Urrutia, S.J. ) , quien fue catedrático de la Facultad de Derecho Canónico de Madrid.


Así mismo el venerable Holzhauser llegó a decir en su comentario al Apocalipsis sobre la Iglesia y su deplorable situación al final de los últimos tiempos apocalípticos antes de la venida del Mesías en gloria y majestad: “ § 3. Del Antipapa abominable y perverso idólatra, que desgarrará la Iglesia de Occidente y hará adorar la primera bestia ( XIII, 11 – 18).


XIII, 11: ‘Vi enseguida surgir de la tierra otra bestia, ella tenía dos cuernos como un cordero, pero hablaba como un dragón.’ Esta bestia es un falso profeta que anunciará al hijo de perdición como siendo el Cristo, (…) mientras que el falso profeta se elevará, prevalecerá y dominará sobre la tierra firme, que es vecina de los mares y sobre la cual se encuentra actualmente el Imperio Romano abarcando en su seno los Estados de la Iglesia. ‘Ella tiene dos cuernos como un cordero’, porque ella será un cristiano apóstata (…).

Entonces la Iglesia será dispersada en las soledades y los lugares desiertos, en los bosques y las montañas, y en las hendiduras de las rocas, porque el pastor habrá sido golpeado y las ovejas dispersadas. Puesto que será como en el tiempo de la Pasión de Nuestro Señor. Y parece que a esta circunstancia de la última desolación es a la que hace alusión cuando dice en su Pasión, Mateo XXVI, 31: ‘Porque está escrito: heriré al pastor y se dispersarán las ovejas del rebaño.’ Entonces la Iglesia Latina será desgarrada y a excepción de los elegidos, habrá una defección total de la Fe.” ( Revelation du Passé et de l’avenir, Interprétation de l’Apocalypse du venerable Barthélemy Holzhauser, ‐ hacia 1650 ‐ p. 91).


Monseñor Lefebvre a su vez dijo muy claramente, precisamente después de hablar con el Cardenal Ratzinger en Roma, para que hoy se lo oculte y desconozca, que Roma había caído en la apostasía, que el Concilio Vaticano II es cismático, que las personas que ocupan Roma son anticristos: “ Creo que podemos hablar de descristianización y que estas personas que ocupan Roma hoy son anticristos, no he dicho antecristos, he dicho anticristos, como lo describe San Juan en su primera carta: ‘Ya el Anticristo hace estragos en nuestro tiempo’. El Anticristo, los anticristos; lo son ellos, es absolutamente cierto”. (Conferencia espiritual, Ecône, 14 de Septiembre de 1987)

Y por si fuera poco Monseñor Lefebvre señala la apostasía de Roma modernista: “Lo que les interesa a todos ustedes es conocer mis impresiones después de la entrevista con el Cardenal Ratzinger el 14 de Julio último.


Lamentablemente debo decir que Roma ha perdido la Fe. Roma está en la apostasía. Estas no son palabras en el aire, es la verdad: Roma está en la apostasía.” (Conferencia Espiritual, Ecône, 14 de Septiembre de 1987).


Sobre el Concilio Vaticano II Monseñor Lefebvre recalcó que es un Concilio cismático, cosa que muy pocos tienen en cuenta hoy, por no decir ninguno, que corresponde a una Nueva Iglesia. “Este Concilio representa tanto a los ojos de las autoridades romanas como ante los nuestros una Nueva Iglesia que ellos llaman una ‘Iglesia conciliar’. Creemos poder afirmar, ateniéndonos a la crítica interna y externa del Vaticano II, es decir analizando los textos y estudiando los acontecimientos y resultados, que éste al dar la espalda a la Tradición y al romper con la Iglesia del pasado, es un Concilio cismático. Se juzga el árbol por los frutos. (Un Evéquê parle, ed. Dominique Martin Morin, 1977, tomo II, p. 97).


Del Cardenal Ratzinger que a la sazón era Prefecto de la Congregación de la Fe, Monseñor Lefebvre afirmó categóricamente poco antes de morir que era un hereje: “Os invito a leer el denso artículo de fondo de Sí, sí; No, no que ha salido hoy sobre el Cardenal Ratzinger. No sé quién es el autor del artículo, porque siempre escriben
bajo un pseudónimo, pero está muy documentado, concluye que el Cardenal Ratzinger es herético. (…) Pone en duda que haya un Magisterio que sea permanente y definitivo en la Iglesia, eso no es posible, él acomete contra la raíz misma de la enseñanza de la Iglesia, de la enseñanza del Magisterio de la Iglesia. Ya no hay una verdad permanente en la Iglesia, verdades de Fe, dogmas en consecuencia, se acabaron los dogmas en la Iglesia, esto es radical. Evidentemente esto es herético, es tan claro, es tan horroroso, pero es así.” (Conferencia Espiritual, Ecône, 8 y 9 de Febrero de 1991).

Nótese bien para el lector no avisado que esta fue una de las últimas conferencias de Monseñor Lefebvre quien murió al mes siguiente, el 25 de Marzo.


Todo esto nos hace evocar lo que ya dijera cuasi proféticamente o sin el cuasi si quieren, el Padre Leonardo Castellani: “Es el Misterio de la Iniquidad, ‘la Abominación de la Desolación’; la parte carnal de la Iglesia
ocultando, adulterando y aun persiguiendo la verdad, Sinagoga Satanae, por eso la parte fiel de la Iglesia padecerá ‘dolores de parto’, (…).” (Los Papeles de Benjamín Benavides, ed. Dictio, Buenos Aires, 1978, p. 226 –227).


“La herejía de hoy, (…) pareciera explícitamente no negar ningún dogma cristiano sino falsificarlos todos. Pero, mirándolo bien niega explícitamente la Segunda Venida de Cristo; y con ella, niega su Reyecía, su Mesianidad y su Divinidad, es decir niega el proceso divino de la Historia. Y al negar la Divinidad de Cristo niega a Dios. Es ateísmo radical revestido de las formas de la religiosidad. Con tener todo el aparato externo y fraseología cristiana falsifica el cristianismo, transformándolo en una adoración del hombre; o sea, sentando al hombre en el templo de Dios, como si fuese Dios. Exalta al hombre como si sus fuerzas fuesen infinitas, promete al hombre el Reino de Dios y el Paraíso en la tierra por sus propias fuerzas. La adoración de la Ciencia, la esperanza en el Progreso y la desaforada Religión de la Democracia, no son sino idolatría del hombre; o sea, el fondo satánico de todas las herejías, ahora en estado puro. (…) Esta religión no tiene todavía nombre, y, cuando lo tenga, ese nombre no será el suyo, todos los cristianos que no creen en la Segunda Venida de Cristo se plegarán a ella.” (Cristo ¿vuelve o no vuelve?, ed. Dictio, Buenos Aires, 1976, p. 18).


Y para complementar y empalmar redondeando los conceptos oigamos lo que dijo Nicolás Gómez Dávila sobre la Democracia: “La Democracia es una religión antropoteista. Su principio es una opción de carácter religioso, un acto por el cual el hombre asume al hombre como Dios.” O estas dos frases que son, también, muy dicientes al
relacionar la democracia con la gnosis: “Las cosmogonías órficas y las sectas gnósticas son antropoteismos retrospectivos, la moderna religión democrática es un antropoteismo futurista.” Y “La democracia no es atea, porque haya comprobado la irrealidad de Dios sino porque necesita rigurosamente que Dios no exista, la convicción de nuestra divinidad implica la negación de su existencia.” Mostrando además su relación con el progresismo: “La idea del progreso es la teodicea del antropoteismo futurista, la teodicea del dios que despierta desde la insignificancia del abismo.” (Extraído de “Textos I” Bogotá 1959).


Para aquellos que buscan y esperan un supuesto triunfo antes de la Parusía, o su equivalente, (una reconquista) les recordamos caritativamente lo que ya advirtiera nuestro querido Padre Castellani: “En la presente edad no será la Iglesia mediante un triunfo del espíritu del Evangelio, sino Satanás mediante un triunfo del espíritu
apostático, que ha de llegar a la pacificación total (aunque perversa, aparente y breve) y a un reino que abarcará todas las naciones; pues el Reino mesiánico de Cristo será precedido del reino apostata del Anticristo.” (Decíamos Ayer, ed. Sudestada, 1968, p. 27).


No es pues el triunfo de la Iglesia sino de la Contraiglesia, el triunfo de la religión adulterada por obra de la judaización y cabalización en la Iglesia, la cual se perfila como Pseudoiglesia. Es lo que el Padre Castellani manifiesta en el texto citado. ¡No nos confundamos de triunfo! Pues no hay término medio, si no esperamos el triunfo de Cristo Rey para la Parusía, viniendo en gloria y majestad, que es lo mismo que el triunfo del Inmaculado Corazón de María o de los Sagrados Corazones, esperamos el triunfo del espíritu apostático como se colige del último texto que citamos.


Verdaderamente con la beatificación de Juan Pablo II no se puede decir sino que es la gran apoteosis del Maligno cual castigo sobre un mundo que ha renegado de Cristo, en aras de la falsa y sacrílega paz y de la
globalización mundial que procura el Paraíso en la tierra, pero sin la Verdad y sin Cristo.


Así se entienden las proféticas y aterradoras palabras de Cristo: “Pero el Hijo del hombre, cuando vuelva, ¿hallará por ventura fe sobre la tierra?” (Lc. 18,8), y “si aquellos días no fueran acortados, nadie se salvaría” (Mt.24,22).


Callar es claudicar, el silencio es complicidad, el que calla otorga y el que otorga acepta. Pues ya decía el Papa León XIII retomando las palabras de su predecesor San Felix III del siglo V (483 – 492), haciéndolas también suyas: “El juicio de Nuestro predecesor, Felix III, acerca de ese asunto es muy grave: ‘no resistir al error es aprobarlo; no defender la verdad, es ahogarla… Quien cesa de oponerse a un crimen manifiesto, puede ser considerado como cómplice secreto del mismo’.” (Carta Encíclica, Inimica Vis, 8 de Diciembre de 1892).


No olvidemos, además, la gran exhortación apocalíptica de S. Pablo, para que estemos vigilantes y expectantes sin desfallecer ante el mal: “Te conjuro delante de Dios y de Jesucristo, que ha de juzgar vivos y muertos, por su aparición y su reino. Proclama la Palabra, insiste a tiempo y a destiempo; reprende, ruega, exhorta, con paciencia siempre y afán de enseñar. Porque vendrá tiempo en que no soportarán la sana doctrina, sino que en alas de sus pasiones y con la comezón en sus oídos, se elegirán maestros a granel y desviarán sus oídos de la verdad y se volverán hacia las fabulas. Tu, anda sobre ti en todo, soporta el sufrimiento; haz obra de predicador del Evangelio; cumple con tu ministerio.” (II Tim. 4,1‐5) “Sí, sí; No, no.

Todo lo que excede esto viene del Maligno”(Mt. 5,37), pues “todo lo que no procede de la fe es pecado” (Rom. 14,23), por esto “el justo vivirá de la fe” (Rom. 1,17), sin “acomodarse a este siglo” (Rom. 12,2), siempre “obedeciendo a la verdad” (I Ped. 1,22). Y en estos últimos tiempos apocalípticos, “firmes en la fe” (IPed. 5,9), debemos perseverar hasta la Parusía, como exhorta Santiago Apóstol: “Tened, pues, paciencia hermanos hasta la Parusía del Señor” (Sant. 5,7).

Parusía en la cual consiste nuestra bienaventurada esperanza, según los apóstoles San Pedro y San Pablo: “Poned toda vuestra esperanza en la gracia que os traerá cuando aparezca Jesucristo” ( I Ped. 1, 13). “Renunciando a la impiedad y a los deseos mundanos vivamos sobria, justa y piadosamente en este siglo actual, aguardando la dichosa esperanza y la aparición de la gloria del gran Dios y Salvador nuestro Jesucristo” ( Tit. 2, 13).


Padre Basilio Méramo.
Bogotá, 1 de Mayo de 2011.