terça-feira, 11 de maio de 2021

Das Vestes Sagradas - Hudo de São Victor

 Hugo de São Victor
(1096-1141)

SERMÃO XIV: DAS VESTES SAGRADAS, POR OCASIÃO DE UM SÍNODO, OU DA FESTA DE SACERDOTES CONFESSORES
(Sermone Centum)

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“Revistam-se, ó Senhor, os teus sacerdotes de justiça”. Salmo 131, 9

É necessário, irmãos caríssimos, que nós que exercemos o sacerdócio na casa de Deus vivamos neste sacerdócio uma digna justiça e nos revistamos, neste ofício, com vestes honestas, ou melhor, que exerçamos as virtudes que são significadas por estas vestes. De que nos aproveitará, efetivamente, que nos ornamentemos com as vestes, se não nos ornamentarmos com as virtudes? Se víssemos um sacerdote celebrar a missa sem as vestimentas sacerdotais, sem alba, sem estola, sem insígnias sacerdotais, certamente isto nos admiraria muito e com grande horror detestaríamos semelhante ministro. Se, portanto, deve ser detestado quem se aproxima do altar sem as vestes adequadas, quão detestável e quão horrível não será quem presumir aproximar-se dele repleto de vícios e carecendo de virtudes? Tanto quanto difere qualquer prato da comida, tanta é a diferença entre o que significa e o significado. As vestes significam, as virtudes são significadas. As vestes ornamentam exteriormente diante do povo, as virtudes recomendam o ministro interiormente diante de Deus. Assim como, portanto, não ousamos aproximar-nos do altar sem as vestes, assim também não presumamos aproximar-nos sem virtudes.

Examinemos, portanto, quais são estas vestes, e quais são as virtudes por elas significadas. As vestimentas são a alba interior e a alba exterior; o amito sobre os ombros, que podemos chamar de super humeral; o cíngulo, a estola, o manípulo, a casula. Antes de tudo o mais o sacerdote deve depor suas vestimentas habituais, lavar as mãos e revestir-se de vestimentas brancas. Depor as vestimentas habituais significa a renúncia ao homem velho, a ablução das mãos significa a confissão dos crimes e a tomada das novas vestimentas a prática das virtudes. A alba interna é o interior, a externa o exterior. Aquela permanece oculta, esta é manifesta. Aquela se esconde, esta se revela. Por causa disto a interior significa a pureza do coração, a exterior a pureza do corpo. O super humeral, que é colocado sobre os ombros, onde costumam colocar-se os pesos, significa a paciência nos trabalhos presentes, que nos é necessária se quisermos ser verdadeiros sacerdotes. De onde que, dos que a perderam está escrito: “Ai dos que perderam a paciência”.Ecl. 2, 16. E o Senhor, louvando no Evangelho a paciência, diz: “Na vossa paciência possuireis as vossas almas”. Luc. 21, 19. Sustentemos, portanto, irmãos, tudo o que nos suceder de adverso, para que “assim como recebemos os bens da mão de Deus, assim também haveremos de receber os males”. Jó 2, 10.

O cíngulo, que circunda os rins e estreita as vestimentas para que não esvoacem, sugere a virtude da continência, que refreia o fluxo lascivo de nossa luxúria. A estola, que é colocada ao pescoço, designa o suave jugo do Senhor, do qual o Senhor nos diz no Evangelho: “O meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mat. 11, 30.

Segue-se-lhe o manípulo, que pende do braço esquerdo, que nada mais denota do sacramento, senão ser ali colocado como uma cautela, para que o sacerdote não faça nada em seu ministério sem cautela e com negligência, mas realize tudo com diligência, como alguém que está na presença de Deus e dos santos anjos. Significa, portanto, a cautela pela qual evitamos o que devemos evitar e fazemos o que devemos fazer. O ministro do Senhor, revestido e adornado com todas estas coisas, ainda não está apto para o ofício sacerdotal, nem presume cumpri-lo se não acrescentar e superpor a todas estas uma sétima, que é dita casula. Esta vestimenta é mais excelente que as demais e mais eminente do que todas. Que virtude diremos ser significada por ela, senão a caridade, da qual diz o Apóstolo: “Vou mostrar-vos um caminho ainda mais excelente. Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como um bronze que soa ou como um címbalo que tine” I Cor. 12, 31-13, 1.

Palavras que vossa fraternidade bem conhece. Ele, de quem era bem evidente possuir tantos dons espirituais e virtudes, diz, todavia, da caridade: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, ainda que eu tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar os montes, ainda que distribuísse todos os meus bens e entregasse meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, nada me aproveitaria”.1 Cor. 13, 1-3.

Bem-aventurada virtude da caridade! E bem-aventurado será somente aquele que até o fim nela perseverar. Quem, portanto, com as demais virtudes possuir a caridade, este é sacerdote. E quem, ainda que possua as demais sem ela, sacerdote não é. Se queremos, portanto, e o devemos, ser verdadeiros sacerdotes, tenhamos a alba interior pela pureza do coração e a exterior pela pureza do corpo; o super humeral pela paciência, o cíngulo pela continência, a estola pela obediência, o manípulo pela cautela, a casula pela caridade fraterna. Armados com tudo isto, ofereçamos santa e religiosamente o holocausto ao Senhor e de nós será dito o que está escrito: “Vós sois gente eleita, sacerdócio real”. 1 Pe. 2, 9.

Tais foram os santos cuja solenidade hoje celebramos. Tais, irmãos caríssimos, procuremos ser, para que nos revistamos de justiça, e tornados com eles participantes dos méritos, mereçamos também tornar-nos sócios dos prêmios. Que pelos seus méritos e por sua intercessão aquele que vive e reina se digne vir em nosso auxílio.



segunda-feira, 10 de maio de 2021

El Cuarto De Milenio De Beethoven

 




De Dios, Beethoven tenía un poderoso sentido

con el que su mejor música es inmensa.



¿Por qué las películas tienen tanta influencia en la gente? Porque incluso los católicos tienen naturaleza humana; y la naturaleza humana necesita música, historias e imágenes; y el cine combina las tres cosas. Por eso, cuando se creó Hollywood a principios del siglo XX, los enemigos de Dios se pusieron en marcha para asegurarse de controlarlo debido a la enorme influencia que sabían -más de lo que parecen saber los amigos de Dios- tendría en las mentes y los corazones de las personas. Incluso se podría decir que estos enemigos crearon Hollywood. En cualquier caso, que al menos los padres católicos se den cuenta de lo importante que es saber y dirigir la música que escuchan sus hijos, y que prohíban absolutamente la música salvaje en casa.

Se trata de una tarea ardua, porque desde el momento en que los niños ponen un pie fuera de casa, se encuentran con una cultura salvaje que lo envuelve todo y, en particular, con la presión de los compañeros de la jungla. Los niños deben valerse por sí mismos. Los padres deben dar buen ejemplo, y no escuchar ellos mismos música desordenada, sin forma ni valores morales. Con frecuencia, la primera puerta por la que el diablo entrará en las almas de sus hijos es por la mala música, y el resto de la decadencia le seguirá. Por el uso que la Madre Iglesia hace de la buena música en la misa, ¿no pueden los padres católicos adivinar el uso que el diablo hará de la mala música, si no hay nadie que vigile la entrada del alma de sus hijos? La música es un lenguaje único del alma, y tiene una influencia única en la vida de las personas.


El 16 de diciembre del año pasado se cumplieron 250 años del nacimiento de Ludwig van Beethoven, lo que recuerda el valor y la importancia de la buena música. Los amantes de la música objetarán enseguida que su música es a menudo demasiado tormentosa y que prefieren a compositores anteriores de épocas más tranquilas. Es justo. Y si realmente dominan a los compositores anteriores, que den a sus hijos lo que ellos mismos poseen. Pero la gran ventaja de Beethoven es que se situó en la época (1770–1827) de la Revolución Francesa (1789–1794), de modo que nació bajo el ancien régime, el antiguo modo de vida, pero vivió sus años de madurez en la época revolucionaria y sus últimos años después del Congreso de Viena (1815), cuando Europa intentó domar las fuerzas revolucionarias que se habían desatado. Pero, al igual que en la música de Beethoven, esas fuerzas prácticamente no fueron domadas, de hecho han moldeado el mundo cada vez más desde entonces, de modo que numerosos jóvenes de hoy no sienten nada por la música anterior a Beethoven, mientras que en el Maestro de Bonn pueden sentir claramente el surgimiento del caos de su propio mundo.

Sin embargo, la música de Beethoven no es en absoluto sólo, ni principalmente, caótica. El viejo orden sigue estando en sus huesos, como lo estuvo en su formación, y permite a una poderosa mente musical dar forma y controlar los sentimientos apasionados, y he aquí por qué la pasión arquitectónica, o la arquitectura apasionada, de Beethoven es tan singular. A grandes rasgos, las obras maestras de su madurez expresan más sentimientos que cualquiera de los compositores más tranquilos que le precedieron, aunque expresan más orden que cualquiera de los compositores más salvajes que le sucedieron. Al igual que Shakespeare, situado entre la época medieval y la moderna, puede decirse que su estatura como artista mundial se debe a su combinación de la teología medieval con la psicología moderna, así, en términos generales, la grandeza de Beethoven puede atribuirse a la combinación de una cabeza del siglo XVIII con un corazón del siglo XIX.

Escribió muchos tipos de música, principalmente una ópera, dos misas, cinco conciertos para piano, nueve sinfonías, diez sonatas para violín, diecisiete cuartetos de cuerda y treinta y dos sonatas para piano, pero las más populares y conocidas de todas son sin duda las nueve sinfonías, en las que la orquesta completa y la libertad de invención dieron rienda suelta a su genio. Para un oído no familiarizado, las sinfonías pueden sonar todas iguales, pero cuanto más se conocen, más difícil resulta decir cuáles son las que más se parecen, tan diferentes son. Las palabras escritas no pueden decir lo que dice la música, sólo pueden intentar describirla, entoncesa en otro número de estos “Comentarios” se intentará describir las sinfonías. La cultura sin igual de los hombres blancos europeos no debe perderse. Lleva a Dios dentro.

Kyrie eleison.

“Eleison Comments” by Mgr. Williamson – Issue DCCXXI (721)