Oito
grandes estudos realizados em gêmeos idênticos na Áustria, nos Estados
Unidos e na Escandinávia durante as últimas duas décadas chegam todos a
uma mesma conclusão: os gays não nascem assim.
“Na
melhor das hipóteses, a genética é um fator menor”, diz o Dr. Neil
Whitehead, PhD. Whitehead trabalhou para o governo da Nova Zelândia como
um pesquisador científico durante 24 anos, e então passou quatro anos
trabalhando para as Nações Unidas e para a Agência Internacional de
Energia Atômica. Atualmente ele trabalha em universidades japonesas como
um consultor sobre os efeitos da exposição à radiação. Ele possui PhD
em bioquímica e estatística.
Gêmeos
idênticos possuem os mesmos genes ou o mesmo DNA. Desenvolvem-se no
ventre materno em condições pré-natais iguais. Se a homossexualidade é
causada por condições genéticas ou pré-natais e um dos gêmeos é gay,
então o seu irmão também deveria ser gay.
“Como
eles possuem o DNA idêntico, [a taxa de casos em que ambos os gêmeos
são gays] deveria ser de 100%”, observa o Dr. Whitehead. Mas os estudos
revelam algo diferente. “Se um gêmeo idêntico apresenta atração por
pessoas de mesmo sexo, as chances de que seu irmão também apresente são
de aproximadamente 11% para homens e 14% para mulheres.”
Como
os gêmeos idênticos são sempre geneticamente idênticos, a
homossexualidade não pode ser geneticamente ditada. “Ninguém nasce gay”,
ele observa. “Os fatores predominantes que criam a homossexualidade em
um gêmeo idêntico mas não criam no outro têm que ser causados após o
nascimento.”
O
Dr. Whitehead acredita que a atração pelo mesmo sexo é causada por
“fatores não compartilhados”, coisas que acontecem com um dos gêmeos mas
que não acontecem com o outro, ou alguma resposta pessoal a um evento
dada por um dos gêmeos mas não dada pelo outro.
Por
exemplo, um dos gêmeos pode ter sido exposto a pornografia ou abuso
sexual, mas o outro não. Um gêmeo pode se comportar ou responder de uma
maneira diferente aos ambientes familiares e escolares do que o outro.
“Essas respostas individuais e idiossincráticas a eventos aleatórios e a
fatores ambientais comuns predominam”, ele diz.
O
primeiro estudo grande e confiável com gêmeos idênticos foi conduzido
em 1991 na Austrália, seguido por um grande estudo nos Estados Unidos em
1997. Depois a Austrália e os Estados Unidos conduziram mais estudos
com gêmeos nos anos 2000, seguidos por vários estudos na Escandinávia,
de acordo com o Dr. Whitehead.
“Os
registros de gêmeos são a base para os estudos mais recentes.
Atualmente estes registros são grandes e eles existem em muitos países.
Está sendo organizado um registro europeu gigante, com uma projeção de
600.000 membros, mas um dos maiores registros em uso atualmente se
encontra na Austrália, com mais de 25.000 gêmeos em sua base de dados.”
Um
estudo significativo com gêmeos adolescentes, mostra uma correlação
genética ainda mais fraca. Em 2002, Bearman e Brueckman estudaram
dezenas de milhares de estudantes adolescentes nos Estados Unidos. A
concordância na atração pelo mesmo sexo entre os gêmeos idênticos era de
apenas 7,7% para os garotos e de 5,3% para as garotas – abaixo dos 11% e
dos 14% apresentados no estudo australiano de Bailey et al conduzido em
2000.
O
Dr. Whitehead têm ficado impressionado por quão fluida e mutável a
orientação sexual tem se mostrado nos estudos com gêmeos idênticos.
“Pesquisas
acadêmicas neutras mostram uma mudança substancial. Aproximadamente
metade da população homossexual/bissexual (em um ambiente
não-terapêutico) passa a se tornar heterossexual em algum período de sua
vida. Cerca de 3% da população heterossexual atual alguma vez na vida
já acreditou firmemente ser homossexual ou bissexual.”
“A orientação sexual não é firmemente estabelecida”, ele observa.
O
que é ainda mais impressionante é que a maior parte das mudanças ocorre
sem qualquer aconselhamento ou terapia. “Estas mudanças não são
induzidas por terapia alguma, mas acontecem ‘naturalmente’ durante a
vida, algumas delas muito rapidamente”, nota o Dr. Whitehead. “Muitas
mudanças na orientação sexual são para a heterossexualidade exclusiva.”
O
número de pessoas que mudaram para uma heterossexualidade exclusiva é
maior do que o atual número combinado de bissexuais e homossexuais. Em
outras palavras, existem mais ex-gays do que gays.
A
fluidez é ainda mais pronunciada entre os adolescentes, como demonstrou
o estudo de Bearman e Brueckner. “Eles descobriram que, dentre as
pessoas que tiveram uma atração romântica por outra do mesmo sexo dos 16
aos 17 anos de idade, quase todas mudaram de atração um ano depois.”
“Os
autores eram pró-gay e eles comentaram que os únicos estáveis eram os
heterossexuais, que permaneciam com a mesma orientação sexual ano após
ano. Os adolescentes são um caso especial – geralmente mudando sua
atração sexual de ano em ano.”
Ainda
assim, muitos equívocos persistem na cultura popular. Ou seja, o
equívoco de que a homossexualidade é genética – tão estabelecida na
identidade de alguém que não pode ser mudada. “Os acadêmicos que
trabalham no ramo não estão felizes com a maneira pela qual os meios de
comunicação abordam o assunto”, observa o Dr. Whitehead. “Mas eles
preferem se manter em sua pesquisa acadêmica e não se envolver no lado
ativista.”
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